Na noite deste domingo (19), o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e o ex-presidente de São Paulo Geraldo Alckmin, agora sem partido, devem se encontrar em um jantar coordenado pelo grupo Prerrogativas, que reúne advogados autodenominados progressistas, feito para cerca de 500 convocados. A reunião ocorrerá depois de semanas de pactos nos bastidores que têm a intenção de proporcionar uma chapa entre o petista e o ex-tucano para as eleições de outubro de 2022.
Quem percebe de perto as relações, afirma que a intenção sobre a aliança ficará para o próximo ano, uma vez que há uma série de cuidados que são indispensáveis a ser feitos, mas é dado como certo o apoio de Alckmin a Lula nesta reunião.
A eventualidade de Alckmin ser o candidato a vice-presidente na chapa de Lula surgiu em meados de novembro. Ainda que se tornasse filiado ao PSDB, era dada como verdadeira a sua ida para o PSD, de Gilberto Kassab, para disputar a corrida pelo governo do Estado de São Paulo contra o atual vice-governador paulista, Rodrigo Garcia, que saiu do DEM para tucanato, em um nó desatado pelo governador João Doria PSDB.
Mas a relação entre os dois se estremeceu nas eleições de 2018, quando Alckmin foi padrinho político de Doria. Desde então, o candidato ao Palácio dos Bandeirantes fez campanha apoiado na conhecida “BolsoDoria”. Alckmin concorreu contra Jair Bolsonaro e foi derrotado no confronto presidencial. A diretoria do PSD disparou uma imagem em grupos de WhatsApp, em meio aos acordos para a possível chapa Lula-Alckmin, há duas semanas, na qual o ex-governador aparece como pré-candidato ao governo estadual. “Precisamos manter o foco, continuar construindo a ponte entre Geraldo Alckmin e o eleitor, para garantir a vitória no primeiro turno”, dizia a mensagem assinalada pelo grupo Alckmistas por São Paulo.
Alckmin disse na quinta-feira (16), que deixar o PSDB foi “o primeiro passo”, contudo, Alckmin foi inquirido sobre a aliança com Lula no Congresso Nacional do Sindicato dos Aposentados, Pensionistas e Idosos, no praia paulista, em Mongaguá. “o primeiro passo”. “Eu dei o primeiro passo, agora, nós vamos ouvir muito, conversar muito, para poder dar um segundo passo”, declarou.
Uma das alternativas seria se filiar ao PSB, para ser vice do ex-presidente, essa teria sido uma das propostas apresentadas pelos companheiros do partido.
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